Controle mecânico e químico da placa bacteriana: qual o melhor?
Como profissionais de Odontologia, sabemos da importância da prevenção da gengivite e periodontite, não é mesmo? Quando um paciente apresenta gengivite, geralmente concentramos nossos esforços no controle mecânico da placa bacteriana, instruindo-os sobre bons hábitos e técnicas de higiene bucal. Embora saibamos que essa é uma parte essencial do tratamento da gengivite, temos evidências que suportam que uma abordagem química e manual pode ser excelente para os nossos pacientes.
O controle mecânico da placa bacteriana é suficiente?
Há muito tempo é aceito que os métodos mecânicos de controle de placa, ou seja, a escovação e a limpeza interdental, são eficazes para romper e eliminar o biofilme oral na dentição. No entanto, de acordo com uma revisão sistemática publicada no Journal of Clinical Periodontology (JCP), esses métodos, por si só, podem ser insuficientes para prevenir o desenvolvimento ou a recorrência de doenças periodontais em parte da população. Os autores também observaram vários estudos nos quais os níveis de placa dos pacientes retornaram aos níveis de base após a participação em estudos de higiene bucal ou instruções de higiene bucal. As possíveis explicações incluem o uso limitado de limpeza interdental, tempo limitado gasto com higiene bucal e falha no controle de outros biofilmes além da placa dentária. No entanto, eles descobriram que o uso de produtos de saúde bucal, especialmente enxaguantes bucais contendo agentes para o controle químico da placa, levou a melhorias estatisticamente significativas nos índices de sangramento gengival, inflamação e placa.
Isso levanta a questão: por que não usar métodos de controle de placa química e mecânica?
Uma abordagem integrada
Ao analisar as evidências que apoiam os agentes químicos adjuntos de controle de placa, a Federação Europeia de Periodontia (EFP) apoia uma abordagem integrada de controle químico e mecânico de placa. A organização recomenda que os pacientes escovem os dentes com um creme dental com flúor suplementado com agentes de controle de placa como um método primário de prevenção da periodontite.
Um desses cremes dentais, quando disponível, é o Colgate® PerioGard®, que contém 2% de citrato de zinco e pirofosfato. Com sua fórmula exclusiva, o creme dental ajuda a prevenir sangramento na gengiva*, gengivite e placa bacteriana
*causado por bactérias
Seus pacientes com gengivite também podem se beneficiar da escovação com um enxaguante bucal antiplaca, como o Colgate® PerioGard®. A fórmula de gluconato de clorexidina a 0,12% é clinicamente comprovada por reduzir significativamente a gengivite, a placa bacteriana e o sangramento.
Na revisão sistemática do JCP, os enxágues bucais foram considerados o método de administração mais eficaz clinicamente para agentes químicos antiplaca. Os autores especularam que os cremes dentais podem ser mais eficazes em termos reais, pois são mais convenientes, mais amplamente utilizados e usados juntamente com um método mecânico de controle de placa (a escova de dentes). Entretanto, as evidências sugerem que nossos pacientes com gengivite, especialmente aqueles com maior risco, se beneficiaram do uso conjunto de creme e enxaguante bucal.
Prevenção é tudo!
É claro que devemos continuar incentivando o controle mecânico da placa bacteriana como a primeira linha de defesa contra as doenças periodontais. Isso inclui recomendar as ferramentas de saúde bucal adequadas, bem como orientar nossos pacientes sobre como usá-las de forma eficaz. No entanto, como mostram as evidências, também há lugar para adjuvantes químicos na luta contra a doença periodontal.